segunda-feira, 8 de novembro de 2010

São Martinho - Castanhas e vinho - parte II



A festa, a alegria, o entusiasmo estiveram sempre presentes nos festejos do São Martinho, do nosso magusto. Depois de adquirirmos as famosas castanhas, pilamo-las (dando-lhe um corte) com jeito para não arrebentarem na altura de as assar.


Seguidamente acendemos o lume num fogareiro concebido para o efeito, colocamo-las num tabuleiro próprio para as assar, remexendo-as e revirando-as para não se queimarem, após estarem assadinhas colocaram-se dentro de um saco de papel com sal para não ficarem frias na altura de as comer.






Antigamente este processo era realizado no chão, em terra batida, com moliço para as fazerem esquentar e recoserem.
Na brincadeira enfarrusca-se a cara do parceiro com as mãos molhadas na cinza da fogueira.
Por fim, são servidas a todos os convidados com vinho a acompanhar.

O encontro foi marcado para as 15H30 no Parque Radical de Valongo, junto à entrada da auto-estrada A4 e Apeadeiro.

Os petizes fartaram-se de brincar nos baloiços e escorregas, de jogar a bola no ringue, enquanto os mais velhos prepararam as mesas.

Por fim demos inicio ao festim com as castanhas já assadinhas e sumo para os mais novos e vinho novo para os mais velhos.

A tarde esteve solarenga, um pouco fria mas sem chuva, um domingo bonito de São Martinho.

Perde-se no tempo a tradição oral e lúdica do castanheiro e da castanha. Hoje quase desusada, esta cultura permanece, no entanto, viva nas memórias dos mais antigos e só nos centros rurais a tradição é alvo de homenagem. As aldeias do interior continuam a ser os principais agentes da cultura da castanha.

As manifestações culturais em torno da castanha ainda não se perderam, de todo. Os magustos, onde não falta a jeropiga e o vinho novo, e outras práticas festivas são ainda manifestações lúdicas de confraternização e bem-estar.

Pró ano voltaremos, se Deus quiser!!!

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